21/11/2012

À conversa com... Alexandre Parafita


Ninguém acredita nelas… mas que as há, disso poucos duvidem. Estamos a falar das bruxas, feiticeiras, dos diabos, diabritos e outros mafarricos que andam por aí à solta a fazer as suas travessuras. Se existem na realidade ninguém o sabe mas as suas histórias correram de boca em boca, muitos pontos foram acrescentados e hoje muitas delas encontram-se nos livros do escritor Alexandre Parafita.


A visita do escritor levou os alunos a darem vida às suas histórias, a reinventar o texto, a dar imaginação e corpo às leituras. O resultado foram dramatizações cheias de graça, muita confiança que deram o ponto de partida para a conversa com o convidado que salientou o bom trabalho dos alunos e da professora Luísa Lima, uma das dinamizadoras da Hora do Conto.

O escritor Alexandre Parafita e a Contadora de História Simone Gonçalves
Em ambiente descontraído, o convidado falou da importância de uma criança crescer rodeada de livros e histórias para alimentarem o seu interior. Quem lê em criança será um adulto bem-sucedido e poderá sentir a liberdade nas asas de um livro, pois o conhecimento torna-nos livres e independentes. Cada um nasce com um dom – devemos estar atentos para o descobrir, para o poder alimentar e lutar para o concretizar, foram algumas das mensagens transmitidas pelo escritor.

O convidado respondeu às muitas perguntas preparadas pelos alunos, o que permitiu um maior conhecimento da sua vida e obra, ao mesmo tempo que aguçava ainda mais a curiosidade pelos seus livros e investigação em lares para recolher novas lendas, contos e sabedoria que apenas está na mente dos mais velhos.


Por fim, ainda houve tempo para a apresentação do livro “Magalhães, aos olhos de um menino”, livro escrito a duas mãos com a escritora brasileira Simone Gonçalves, graças às potencialidades das redes sociais que, bem aproveitadas, podem fomentar um trabalho colaborativo entre pessoas de continentes diferentes para a realização conjunto de um projeto: dar a conhecer o navegador que marcou a história dos descobrimentos.

Como Contadora de Histórias que é, a professora Simone leu, em primeira mão, a história de Alexandre Parafita ainda por publicar, “Rebolinho e Rebolão”, dois caracóis que queriam comer uma talhada de melão, porém ainda estão à espera do vinho e do pão por serem gulosos e desconfiados.

Antes de seguirem viagens, ainda visitaram o nosso espaço para assinar o livro de visitas e receberem pequenas lembranças. 
Bem-hajam e até sempre!

Contos de tradição oral na Hora do Conto


Na Hora do Conto alusiva ao Dia das Bruxas, a biblioteca tornou-se palco de pequenos atores.
Os alunos do 6ºB e do 6ºC, recriaram, cheios de entusiasmo, pequenos contos de tradição oral, gerando um ambiente engraçado e divertido.

O público, alunos do 5ºB, assistiu num misto de surpresa e curiosidade a uma animação em que não faltaram bruxas bailarinas, um burrico com o seu carvoeiro iletrado, um menino tão endiabrado, levado pelo diabo, e uma feiticeira que fazia feitiços com a sua peneira que se transformou em fantasma quando morreu… até foi preciso chamar o padre.

Quanto aos “artistas de palmo e meio”, estreantes nestas lides, ultrapassaram as expetativas, não tanto pela qualidade da sua performance mas pelo processo que subsistiu a todo o trabalho desenvolvido.
O envolvimento destes alunos foi muito enriquecedor, tendo-se conjugado a responsabilidade e a diversão, com o exercício da leitura e da expressão oral, a capacidade de retenção de informação, tal como a criatividade e a autonomia.


Nunca é demais preservar o património oral… A forma como estas pequenas histórias foram recriadas continuará como um eco gratificante na memória destas crianças.